Mulher que fez sexo com sem-teto durante surto processa Sikêra Jr.

Sandra Mara Fernandes mulher que fez sexo com o sem-teto Gilvado de Souza durante um surto psicótico decidiu processar o apresentador Sikêra Jr. por conta de comentários depreciativos feitos por ele durante seu programa na RedeTV.

O processo foi protocolado na sexta-feira (20) pelo advogado de Sandra. Ela acusa o apresentador - conhecido por manifestações ofensivas contra a população LGBTQI+, usuários de drogas e políticos de esquerda dos crimes de injúria e difamação. O caso corre na 2ª Vara Criminal e 2º Juizado Especial Criminal de Planaltina.

Em seu programa "Alerta Nacional", Sikêra afirmou que a mulher "tinha uma fantasia" de "subir no pau de sebo" e negou que ela tenha sido estuprada por Givaldo, como Sandra e seu marido, o personal trainer Eduardo Alves, afirmam. Em tom irônico, ele afirmou que a relação com o homem em situação de rua "era amor".

Ao postar um texto de desabafo em suas redes sociais em 27 de abril, a mulher fez menção aos comentários de Sikêra Jr.

"Fui VÍTIMA de chacotas, humilhações em rede nacional. Fui taxada como uma mulher qualquer, uma mulher promíscua, uma mulher com fetiches, uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior". "Eu sempre soube que vivemos numa sociedade desigual, mas eu NÃO escolhi ter um SURTO, eu NÃO escolhi ter sido HUMILHADA, eu NÃO escolhi ter minha vida EXPOSTA e DEVASTADA!", completou ela.

Marido é indiciado
Também na sexta-feira, a Polícia Civil do Distrito Federal concluiu o inquérito que investigou as agressões feitas de Eduardo Alves após flagrar Givaldo tendo relações sexuais com a mulher. Ele foi indiciado por lesão corporal.

O caso agora será encaminhado ao MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios), que decidirá se oferece ou não denúncia à Justiça. À polícia, Eduardo alegou que agrediu Givaldo porque pensou que a esposa estivesse sendo estuprada. O casal alega que Sandra estava tendo um surto psicótico e não tinha condições de ter uma relação consensual com Givaldo.

Givaldo não foi indiciado por estupro de vulnerável, o que foi comemorado pela sua defesa. "Em realidade, as investigações foram concluídas, apontando o Givaldo tão somente como vítima de brutais e covardes agressões", afirmaram em nota os advogados do homem em situação de rua.

Fonte: www.noticiasaominuto.com.br

POR: IGOR MELLO RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) -

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