GOVERNO GASTA R$100 MIL POR MÊS SÓ PARA ARMAZENAR TRENS DO METRÔ

O deputado estadual João Carlos Bacelar (PTN) afirmou ao BJÁ que acha muito estranha a postura da base do governo em não indicar nomes a CPI do Metrô, uma vez que a matéria é constitucional, existem mais de US$40 milhões envolvidos no projeto aplicados diretamente pelo Estado, além de uma aluguel, hoje, estimado em R$100 mil por mês para abrigar as composições em Portoseco, ainda sem operar desde que chegaram a Bahia já faz mais de um ano.


"Estariam com medo de que? Do poder das empresas envolvidas no loteamento dos trechos que ainda estão sendo construídos?" questiona o deputado arguindo que a imagem da Assembleia está em jogo, sobretudo após a publicação de uma reportagem no jornal Folha de São Paulo, edição de domingo último, denunciando uma troca de acordos cartelizados entre construtoras desde 1999.

Ainda segundo Bacelar, "por onde andei neste final de semana último foi motivo de ciste, de brincadeiras dizendo-me as pessoas que era a CPI da pizza e outras pirraças".

Segundo a denúncia formulada pela Folha, as construtoras Andrade Gutierrez, a Norberto Odebrecht, além da Queiroz Galvão estão sendo acusadas pelos crimes de formação de quadrilha e fraude na licitação para os metrôs de Salvador e Rio.

"Essa denúncia é muito séria, principalmente por que estas empresas serão as grandes doadoras de campanhas majoritárias e deve ser por isso que estão criando tanto entrave para esta CPI", afirmou Bacelar.
No caso do Metrô de Salvador, a Construtora Impregilo que ganhou a licitação, em 1999, por R$347 milhões, ganhou mas não levou. Desclassificada, assumiu a obra o consórcio Camargo Corrêa/Andrade Gutierrez que formatou um "consórcio oculto" constituido pela Andrade Gutierrez com 28.1% da fatia da obra; Camargo Corrêa com 16.7%; Constran com 16.7%; Norberto Odebrecht com 16.7%; OAS com 16.7% e Queiroz Galvão com 5.2%.

VÁRIAS REUNIÕES

Nesta tarde de segunda-feira, 15, várias reuniões aconteceram na ALBA para tratar desse assunto. O deputado Elmar Nascimento (PR), apesar de balões de ensaio liberados pela imprensa, diz que está confiante em ser o presidente da CPI porque se trata de uma tradição da Casa, o autor do requerimento assumir essa posição.

PT RECUA E INDICA NOMES

O líder do governo na Assembleia, Waldenor Pereira (PT), voltou atrás e indicou os deputados Paulo Rangel (PT), Paulo Câmera (PDT), Eliana Boaventura (PP) e Álvaro Gomes (PCdoB) para comporem a CPI do Metrô.

Apesar de ter ameaçado não indicar os nomes, sob o discurso oficial de que não considera a Assembleia a instância adequada para promover as investigações, o governo acabou tomando a iniciativa de também participar da CPI depois que os demais partidos o fizeram, inclusive o PMDB, que será representado pelo oposicionista Arthur Maia.

Caso não indicasse os parlamentares, a escolha teria que ser feita pelo plenário, o que poderia tirar a CPI do controle da bancada governista. (Texto do site bahiaja)

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