João Gonçalves comemora iniciativa do Ministério e da Caixa para desenvolvimento na Caatinga

"Trata-se de uma reivindicação antiga que agora será contemplada", diz secretário

O Secretário do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável de Irecê, João Gonçalves, comemorou nesta sexta-feira, a iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e da Caixa Econômica Federal, que vai lançar Edital com três eixos de investimentos em projetos que visam a revitalização da Caatinga e prospecção do desenvolvimento sustentável.

Trata-se de uma luta antiga dos movimentos sociais, no qual estamos inseridos historicamente, pois o Estado brasileiro sempre priorizou a Amazônia, Patanal e Mata Atlântica e isso nós considerávamos discriminatório, pois não é de hoje que o bioma Caantiga vem sofrendo ações predadoras patrocinadas por um modelo de desenvolvimento equivocado, disse o secretário, que processou diversos requerimentos ao lado de diversos ambientalistas dos estados caatingueiros, desde o período em que Marina Silva era ministra.

Vamos agora nos preparar para os editais, pois acreditamos que Irecê com 97% de desmatamento e 17% de área propensa à desertificação, e outros municípios do Território poderão ser contemplados ao menos por um dos eixos previstos pelo MMA, adianta João Gonçalves.

A euforia do secretário é porque o Ministério do Meio Ambiente assinou nesta quinta-feira (10) com a Caixa Econômica Federal um acordo para financiamento de projetos para conservação da Caatinga. O dinheiro poderá ser investido em áreas críticas do bioma: regiões com risco de desertificação, municípios que mais desmataram e polos industriais ligados à construção civil, principalmente a produção de gesso e cerâmica.

A ideia é desenvolvermos projetos nessas três áreas críticas com financiamento da Caixa para lidarmos com preservação e conservação da Caatinga e geração de emprego e renda, disse a ministra Izabella Teixeira.

A Caixa ainda não definiu quanto será destinado para o projeto, mas os recursos virão do fundo socioambiental do banco, que já financia um programa semelhante para o Cerrado, com orçamento de R$ 2,6 milhões.

A Caatinga já perdeu 45% de vegetação nativa, segundo dados de 2008. Além da ameaça do desmatamento, o bioma é um dos mais vulneráveis às mudanças climáticas, com áreas sob grave risco de desertificação.

Além de frear a derrubada da vegetação, os projetos poderão criar condições de inclusão social e melhorar indicadores da região, na avaliação da presidenta da Caixa, Maria Fernanda Coelho. O sertão sempre foi associado à seca, fome e miséria. Mas há ali muita riqueza, que com manejo sustentável pode ser bem aproveitada.

A previsão do MMA é que os editais para seleção de projetos sejam lançados ainda no primeiro semestre.

Fonte: Cultura e Realidade

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