Considerado mártir da luta contra a ditadura, o carioca Carlos Lamarca era capitão do Exército e, em 1969, desertou para se tornar comandante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), um dos principais movimentos armados de resistência ao regime. Por conta disto, ele passou a ser considerado o inimigo número um dos militares. Perseguido, fugiu da região sudeste do país. Ao lado do amigo e companheiro de militância José Campos Barreto, o baiano Zequinha, eles chegam à localidade de Pintada, na zona rural de Brotas de Macaúbas, terra natal do amigo.
Descobertos pelos militares, eles foram caçados e mortos num episódio que traumatizou toda a comunidade local pela brutalidade da ação.
Memória
Quarenta anos depois, os moradores mais antigos da região ainda ficam receosos em falar sobre o que viram e os mais jovens sequer sabem o que aconteceu. É para resgatar a memória e buscar a verdade dos fatos que há 11 anos é realizado este encontro, organizado pelo Instituto Zequinha Barreto de Brotas de Macaúbas, em conjunto com a Diocese de Barra e as prefeituras de Brotas de Macaúbas e Ipupiara, com o apoio do Governo da Bahia.
Para o secretário de Cultura do estado, Albino Rubim, o município e a Bahia dão um exemplo ao Brasil ao buscar a verdade e a valorização dos que lutaram pela liberdade. “O que vivemos hoje é herança das lutas daquele tempo. Precisamos de mais atos como esse que trazem a memória de brasileiros de muito valor.”
Além de Albino Rubim, também participaram das comemorações o ex-ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Nilmário Miranda; o irmão de Zequinha, Olderico Barreto; Roque Aparecido, presidente do Instituto Zequinha Barreto, além do prefeito de Brotas de Macaúbas, Litercílio Junior.
Comissão da Verdade
Documentário
Durante as comemorações também foi lançado o vídeo-documentário Do Buriti a Cristalino, sobre a trajetória de Carlos Lamarca e Zequinha Barreto. Produzido pelo historiador Reinaildo Pereira, ele traz a história das mortes de Lamarca e Zequinha como fato que marca o fim da luta armada no Brasil.
AGECOM
1 Comentários
HOMENAGEM AOS 6 MÁRTIRES DA DIOCESE DE BARR BA:
ResponderExcluirSaudade… é…
… levar dentro do coração
a presença de um ausente querido…
é sentir a emoção
de um amor perdido…
é ter a sensação
daquele abraço sentido…
saudade, é simplesmente,
sentir como permanente,
aquele alguém ausente,
cuja presença se pressente,
é aquele passado,
sempre lembrado,
que queremos de presente
no momento presente…
Esperamos que se apresente,
voltando em caráter permanente…
É um doce sentimento,
lembrado sem lamento,
de um momento de felicidade,
a ser lembrado apenas… com saudade
Que Deus os tenha.
Diretamente do Memorial dos Mártires Pintada BA
Mons.Bertolomeu Gorges
17/09/2011