Manifestantes fecharam estabelecimentos comerciais em Irecê neste Dois de Julho

O Dois de Julho foi celebrado em diversas cidades da Bahia, como marco histórico da independência do Brasil, iniciada nas lutas libertárias com raízes no solo baiano, cujos mártires derramaram sangue, entregando suas vidas pela libertação baiana do comando da coroa portuguesa.

Em Irecê, a data foi lembrada pela manhã, com um manifesto puxado pelo SECIR - Sindicato dos Empregados no Comércio de Irecê e Região, com apoio da Confederação Brasileira dos Trabalhadores (CBT) e do "Movimento Vem Pra Rua Irecê", em manifestação contra a Proposta de Lei que regulamenta o funcionamento de todos os segmentos econômicos do comércio local, de autoria do vereador Paulinho do Destack (PTN).

"Não abro mão do meu domingão, trabalhar sem descanso é escravidão". Com frases de efeito como esta, os manifestantes saíram do Terminal Rodoviário por volta das 10h, em direção ao centro comercial.

Na Av. Tertuliano Cambuí, pararam em frente à Panificadora e Supermercado Barbosa, que se encontrava funcionando em pleno feriado estadual.

O presidente do sindicato dos comerciários, Rafael Sydartha disse que não fazia sentido estabelecimentos comerciais funcionando em pleno feriado estadual e que por isso os mesmos deveriam fechar e liberar seus empregados.

Com bandeiras e gritos de ordens, os manifestantes cobraram dos administradores o fechamento do supermercado Barbosa, ato que se repetiu no Supermercado Extra Barato, localizado em frente ao estacionamento do Mercadão. A marcha seguiu na direção ao Supermercado MercaFrut, próximo à Praça Ayrton Senna, que também foi fechado. A reportagem averiguou meia hora depois da manifestação e os mesmos mantiveram-se com suas atividades paralisadas.

O presidente do Sindicato dos Bancários, Carlos Alberto, o vereador Pascoal Martins (PCdoB), professores e estudantes, também participaram da atividade. O movimento de hoje reivindica, dentre outros temas, a não aprovação, pela Câmara de Vereadores, da legalização dos funcionamento do comércio aos domingos e feriados. De acordo com os manifestantes, os comerciantes não cumprem com a legislação trabalhista e que o dispositivo legislativo proposto seria mais uma ferramenta para explorar os trabalhadores.

A passeata terminou por volta do meio dia e teve o acompanhamento da Polícia Militar, que atuou na orientação do trânsito, agindo como os manifestantes, pacificamente

Reportagem: Joao Gonçalves - Cultura e Realidade

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