
Em plena terça-feira, na Pça da Matriz, nem parecia os dias de intensa disputa por estacionamento.
Desde sexta-feira à noite que a cidade de Irecê vivencia a sensação de solidão. Ruas com pouco movimento, quase desérticas. Quem pôde, viajou. No geral a busca neste carnaval se deu em três caminhos: o da folia, o retiro laico nas trilhas ecológicas e o retiro recheado de prenúncios de religiosidade.
Os que gostam de folia comemoraram a festividade momesca antecipadamente, na cidade de Lapão, depois Barra do Mendes e Palmeiras, para quem planejou ficar mais perto de casa, ou gastar menos; outros foram para a Capital, fervilhar as ruas atrás do trio elétrico, nos blocos ou camarotes. Os simpatizantes dos retiros, buscaram sossego ou se aproximar mais de Deus.
Lojas, bares, oficinas... tudo foi fechado no período de Carnaval. Na segunda-feira, apenas a feira livre funcionou. A Prefeitura decretou ponto facultativo nos órgão públicos que não fossem responsáveis por atividades essenciais, como a área de saúde, por exemplo.
Hoje pela manhã, apenas uma loja de conveniência, uma igreja vazia, um açougue, duas farmácias e duas sorveterias funcionavam no centro da cidade, com baixo fluxo de consumidores. O açougue fechou as portas antes do meio dia.
OPÇÕES - A professora Ana Maria, 32, preferiu ficar com a família num retiro evangélico. “Não sou da igreja, mas tenho muitos amigos na caravana e foi muito divertido” disse ela, que antecipou a volta para descansar um pouco antes de iniciar a rotina de trabalho.
“Cardoso”, como é conhecido o fazendeiro e empresário do ramo de produtos veterinários e outros segmentos da atividade rural, disse que não perde a folia por nada. “Gosto de Carnaval, não perco por nada. Todo ano estou em Salvador, no camarote, pois a avenida não dá mais para mim não” disse sorrindo, durante um almoço no centro da cidade, horas antes de pegar a estrada.
O secretário do meio ambiente e desenvolvimento sustentável, João Gonçalves teve outra opção, ficou em casa, segundo disse, enclausurado, na conclusão da monografia da especialização em “Gestão Pública e sustentabilidade”, que faz em parceria com Iza França e Dulce Barreto.
Fonte: DA REDAÇÃO DO JORNAL CULTURA E REALIDADE DE IRECE BAHIA
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