Como esta Tribuna publicou na edição do dia 20 de abril deste ano, oxi é uma mistura da pasta-base da cocaína com combustíveis, na maioria das vezes querosene e gasolina, e solução de bateria. Com poder maior que o crack, a substância também é derivada da cocaína e o consumo é feito em forma de pedra. O oxi chegou ao país através das fronteiras o Acre e, até a última terça-feira, a Polícia Federal (PF) havia afirmado que não havia registros da presença da substância na Bahia.
Segundo informações do delegado Roberto Leal, titular da cidade de Macarani, as diferenças entre o crack e o oxi são sutis.
“Essa droga é mais escura e mais consistente que o crack, além de apresentar um cheiro muito semelhante com combustível, principalmente óleo diesel e gasolina.
No início achamos que, realmente, se tratasse do crack, mas ao colocarmos em solução ela entra em combustão e solta uma borra escura”, explicou o delegado.
Leal ainda afirmou que não sabe se essa é a primeira apreensão na Bahia, por se tratar de uma droga ainda desconhecida. “O oxi ainda é novidade para os traficantes e alguns policiais. É provável que já tenha ocorrido outras apreensões que terminaram passando como crack”, afirmou.
A polícia chegou ao paradeiro de Venícius após ele ter furtado uma escola municipal de Macarani. Por volta das 14 horas de terça-feira, o acusado foi localizado em casa, em Itapetinga, onde policias de ambas as cidades aprenderam a droga e um computador criminalmente subtraído da escola. O acusado apresenta passagens em delegacias por tráfico de drogas e porte ilegal de armas. “Ele nem sabia que estava revendendo o oxi. Para ele, a pedra era o crack”, disse o delegado.
Tribuna da Bahia
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