Acarajé baiano vai ganhar o mundo

O acarajé baiano, que já foi comercializado até no Principado de Mônaco – num tabuleiro montado pela quituteira Dinha, já falecida –, está a um passo de ganhar o mundo definitivamente. Inventor de um método de preparo que permite comercializar o acarajé congelado, o administrador de empresas baiano Ubiratan Sales está se preparando para exportar o produto. O modelo de fabrico e venda está sendo incubado em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi, do Sistema Fieb, e deve entrar em operação no próximo ano. Sales vende acarajé congelado desde 2009 e não tem do que se queixar do resultado da empreitada. Até o ano passado, a fábrica da empresa Acarajé da Bahia produzia 33 mil unidades por mês. Este ano, o Acarajé da Bahia pulou para 67 mil bolinhos mensais.

Somente com uma companhia aérea, a produção subirá de uma para três toneladas. “Estamos em praticamente todo o Brasil”, gaba-se Ubiratan Sales. “Hoje em dia, as pessoas estão querendo produtos cada vez mais prontos e mais rápido”. O empresário conta que investiu R$ 80 mil em oito meses de testes para encontrar o modo de preparo ideal que permitisse o congelamento do acarajé sem perda de seu sabor e características nutricionais. A pesquisa contou com a participação de engenheiros de alimentos e orientação do Sebrae. Antes de empreender, Sales trabalhava numa empresa de alimentos congelados, o que facilitou a escolha dos profissionais necessários.

Acarajé baiano vai ganhar o mundo.
“No congelamento que faço, a pessoa precisa só aquecer um pouco em forno elétrico ou a gás ou em churrasqueira. É como no pão de queijo”. O investimento inicial se pagou em menos de quatro meses. Apesar da formação na área de negócios, o empresário teve a ideia do acarajé congelado na vida pessoal. “Meus amigos da Bahia e de outros estados me pediam para levar o acarajé em viagem. Tinha muitos problemas por causa dos horários de voo em fazer a encomenda com a minha baiana preferida e nos horários de chegada. Às vezes, tínhamos que comer o acarajé de madrugada”, conta. O kit de acarajé congelado é vendido em uma caixa tamanho 15x15 com um saquinho contendo 9 pequenas unidades em torno de 25 gramas cada um. Em outro saquinho, o vatapá congelado e, por último, o saquinho com as porções de camarão seco defumado e pimenta. O modelo de preparo não é revelado pelo empresário. Agora, Sales investe R$ 120 mil na ampliação das instalações e mudança da fábrica de Lauro de Freitas para a Pituba. Ele pretende criar uma franquia da marca Acarajé da Bahia de casa em casa de congelamento de artigos baianos típicos, como moqueca, vatapá e acarajé. “Este mercado ainda pode crescer muito”.

Tribuna da Bahia Online

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