O evento aconteceu no Plenarinho da Assembleia Legislativa e reuniu na mesma sala ACM Neto (DEM), Paulo Souto (DEM), Geddel Vieira Lima (PMDB), Lúcio Vieira Lima (PMDB), Sérgio Passos (PSDB), além de outras lideranças.
Foi um ato simbólico, que segundo os opositores, serviu para demonstrar que a possibilidade de união entre estes partidos, antes apontada como pouco provável, está sendo materializada. Os discursos destas lideranças foram afinados.
“Nós precisamos fazer uma aliança em torno de uma ideia rica com projetos. Diferente desta mediocridade que é a construção de uma hegemonia. Em 2006, nós (PDMB) nos juntamos a Wagner para combater uma hegemonia. Tenho dito que o PMDB não será empecilho para a construção dessas alianças. A ideia é que a Bahia não pode mais ficar como está, neste lero-lero (SIC)”, afirmou Geddel
O ex-governador Paulo Souto (DEM) ficou um tempo afastado após a derrota nas eleições de 2010. Voltou a marcar presença no ato em nome da candidatura de Sobral. Para ele, o fato de a construção desta unidade ter sido iniciada no âmbito da Assembleia Legislativa deve ser ressaltado.
“São os deputados, que representam os municípios, isto cria cumplicidade e acho também que emprega legitimidade ao processo. Antes, era uma ideia, um conceito (unificar a oposição) agora começa se materializar”, comemorou o democrata.
O líder da oposição na Câmara Federal, ACM Neto, criticou as costuras do governo estadual com seus aliados, a quem o representante do DEM denominou como adesistas. Sobre a candidatura de Sobral, Neto disse que está é apenas a primeira de muitas alianças que serão realizadas entre os partidos de oposição.
“O prefeito (Zé das Virgens) não aproveita o alinhamento que tem com o governador e com a presidente para trazer coisas importantes para a cidade. Nós queremos um cara novo, que possa trazer a renovação política, além da força de vontade para trabalhar e acertar”.
Quando questionados sobre a aliança em Salvador, todos afirmaram que estão conversando, mas que ainda é muito cedo para falar em nomes. “Estamos conversando, mas ainda é muito cedo. Por volta do carnaval, um pouco antes ou um pouco depois, eu acho que a gente tem que ter esse nome”.
Governo
A oposição está conversando e lançou, antes mesmo dos governistas, a primeira candidatura “unificada”. No entanto, este trabalho de base já vem sendo feito pelos partidos que compõe a base de sustentação do governo Jaques Wagner há algum tempo.
O “conselho político” dos diversos partidos já seu reunião em algumas oportunidades. Os resultados ainda não foram divulgados, mas algumas informações chegaram à imprensa. Enquanto conceito de projeto, os governistas certamente vão enfrentar muito mais dificuldades para alinhar a base do que a oposição.
Contudo, um dirigente partidário aliado do governador, que não quis ter o nome divulgado, afirma que para o governador é mais interessante ter diversas candidaturas a ter de negociar para unificar a base.
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Outra fonte da base aliada afirmou à reportagem do Bocão News que é impossível decidir as candidaturas do interior em uma sala de Salvador. As realidades são distintas e não se pode determinar de tão longe a futuro de um município.
Fato é que as movimentações políticas até o momento apontam para uma tentativa de tornar eleição bilateral. De um lado os governistas e de outro a oposição. Dentro de cada campo desses tem uma dezena de partido com diversos interesses diferentes.
Fonte: Bocão News - Fotos: Gilberto Júnior
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