Maior parte dos produtores brasileiros não tem cadastro ambiental rural

CADASTRO AMBIENTAL RURAL
O Código Florestal Brasileiro completou três anos, nesta semana. Os produtores ainda estão se adaptando. E a maior parte deles ainda não cumpriu uma das exigências da legislação nova. Fazer o cadastro ambiental rural.

Na propriedade de 80 hectares, o gado não circula mais livremente. Valter reduziu a área de milho, soja e feijão para dar espaço ao que tem que ser preservado.

“Nós conseguimos, diminuindo a área de plantio, aumentar a área cercada, que é próximo as nascentes e não houve grandes dificuldades financeiras”, afirma o produtor rural Valter Baron.

O Valter ainda precisa cumprir uma outra exigência da lei. Fazer o cadastro ambiental. É como uma identidade rural com todas as informações aqui da propriedade. Se há produção agropecuária, áreas preservadas e riquezas como córregos e nascentes.

Margens de rio, nascentes e topos de morros devem estar cobertos pela vegetação nativa. Além disso, toda fazenda tem um percentual mínimo a preservar. Chega a 80% em áreas da Amazônia Legal e 20% em outras regiões do país.

Como na chácara da Rosâny, produtora de flores. Lá, um terço da área é preservada e o cadastro ambiental já está feito.

“A importância dessa consciência ambiental é para você ter garantia de uma geração futura com os mesmos benefícios que a gente teve hoje”, diz Rosany Cristina Carvalho, produtora de flores.

Qualquer propriedade rural, produtiva ou não, precisa ser declarada. O cadastro pode ser feito pela internet até maio do ano que vem.

Ambientalista lembra que apenas um quarto dos proprietários rurais fizeram o cadastro. “O produtor rural que não tiver o cadastro feito, ele vai passar a ter muitos problemas para acessar crédito, para ter um licenciamento ambiental, para acessar qualquer procedimento administrativo. Então, ninguém gosta de ficar na ilegalidade”, diz Cristiano Vilardo, diretor Conservação Internacional Brasil.

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