Mudança de hábito: Irecê sofre com calor intenso dos ultimos dias

Cresce o consumo de líquidos, energia, protetor solar...

Está cada vez mais comum o uso de guarda-sóis, equipamentos de climatização e protetor solar pela população de Irecê. As lojas de eletroeletrônicos afirmam que as vendas de ar condicionado, ventiladores e umidificadores de ar cresceram significativamente, a ponto de solicitarem maior reposição dos estoques aos fornecedores.

Frentista de um posto de combustível, Aldair Fidelis, 23, disse que o freezer de gelo não para de ser reposto e acaba em pouco tempo. Distribuidoras de bebidas também fazem festa: duplicou o consumo de cerveja e refrigerantes. Os fornecedores de água de coco e caldo de cana-de-açucar não ficam atrás.

Em Irecê, as chuvas estão abaixo da média anual (600mm) e a temperatura relativa do ar estima-se, deve ter chegado a mais de 40º C. A reportagem contatou o Ingá – Instituto de Gestão das Águas e do Clima, mas não obteve informações dos índices da temperatura local.

De acordo com a Climatempo, a temperatura média do município mantém-se bem acima dos 30° e a umidade do ar abaixo de 50%. “Está mais quente que nos anos anteriores”, comentou Francisco Neto, 48 anos, vendedor de sorvete no centro da cidade. “A cada dia que passa parece que esquenta mais. Dá pra perceber pelo aumento das vendas, porque é difícil passar o dia no sol sem tomar um sorvete”. Fabricantes de gelo também comemoram o crescimento das vendas.

FENÔMENOS – O calor intenso se deve, segundo os especialistas, ao El Niño, que juntamente com a

La Niña são alterações significativas de curta duração (12 a 18 meses) na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, com profundos efeitos no clima. Estes eventos modificam um sistema de flutuação das temperaturas daquele oceano chamado Oscilação Sul e, por essa razão, são referidos muitas vezes como OSEN (Oscilação Sul-El Niño – ver abaixo). Seu papel no aquecimento e arrefecimento global é uma área de intensa pesquisa, ainda sem um consenso.

Apesar disso, vulgarmente se sabe que na ocorrência do fenômeno, as oscilações promovem distensões climáticas significativas. No Brasil, este ano, os desquilíbrios estão acima dos previstos. Em São Paulo as chuvas tiram o sossego dos seus moradores, causando deslizamentos, mortes, prejuízos materiais diversos, queda na produtividade, ausência nos postos de trabalho, e no Sul, uma das regiões mais frias do País, que chega a registrar granizos e temperaturas abaixo de 5º C, está vivenciando temperaturas que chegam a 40º C, causando desequilíbrio biológico nas pessoas. Um comentarista esportivo chegou a desmaiar durante apresentação ao vivo numa TV gaúcha. Ele alegou o mal estar pelo forte calor.

RISCOS – Dermatologistas e clínicos chamam a atenção para os riscos com a saúde. Expor-se ao sol e ao calor pode causar problemas como manchas na pele e crises respiratórios. Para preveni-los , a população lança mão dos mais diversos artifícios: guarda-sóis, uso do protetor solar, ventiladores, roupas leves, aparelhos de ar-condicionado. “O clima está bastante árido. Pra dormir à noite é preciso usar o ventilador, e de dia, tomar uns banhos a mais”, assinalou Edmário Rocha, 68, que enfrenta o calor da região à cerca de 20 anos.

Em todo o Brasil, foram registrados índices históricos no consumo de energia elétrica, preocupando o governo, que está atento à movimentação do cosumo.

Fonte: REDAÇÃO DO JORNAL CULTURA E REALIDADE DE IRECE BAHIA - COLABORAÇÃO DE MARINA ABREU

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