Recuperação de matas ciliares: rios Verde e Jacaré serão contemplados

Prorrogado para 26 de fevereiro prazo para envio de propostas de restauração de matas ciliares

O Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ) prorrogou para 26 de fevereiro o prazo para envio de projetos para seleção e celebração de convênio de Restauração de Matas Ciliares e Nascentes nas Bacias Hidrográficas em 21 macrobacias hidrográficas (Regiões de Planejamento e Gestão das Águas) na Bahia. Os convênios serão celebrados de maneira articulada entre Prefeituras Municipais e instituições (pessoas jurídicas de direito público) e destas com organizações da sociedade civil.

Segundo o coordenador do Programa de Restauração e Conservação de Matas Ciliares e Nascentes do INGÁ, Luís Barbosa, a Chamada Pública se justifica na necessidade de sensibilizar o poder público municipal destas regiões para a restauração florestal e, consequentemente, para a manutenção da qualidade das águas.

Ele explica que as matas ciliares funcionam como barreira natural para o material particulado (sedimento) que desce para o leito dos rios. Com a degradação da mata, há o excesso de material no leito. Este excesso diminui a profundidade dos rios, o que pode provocar enchentes nos períodos mais chuvosos. “O grau de degradação das matas ciliares é grande e preocupante em nosso Estado, pois temos importantes rios que apresentam redução de vazão (volume)”, explica Luís.

Benefícios socioambientais

A preservação das matas ciliares – acrescenta Luís Barbosa – conserva os leitos dos rios, mantém a qualidade das águas (com menos partículas presentes), deixa a água menos barrenta e, desta maneira, diminui o gasto para tratamento dos recursos hídricos, o que impede que os custos sejam repassados aos usuários. Ou seja, gera benefícios ambientais e socioeconômicos para a sociedade.

Outro aspecto importante é o da biodiversidade. As regiões que margeiam os rios podem ser consideradas verdadeiros “corredores de vida”, pois são habitat para diversas espécies animais e servem de caminho para o transporte de sementes.

A degradação destas áreas acontece, muitas vezes, pelo fato de serem regiões ricas em matéria orgânica e umidade, o que atrai ocupações e atividades das áreas da agricultura e pecuária. Como exemplo, a vegetação acaba sendo cortada até para necessidades básicas como o acesso de animais para o consumo da água.

Mobilização

“Nosso objetivo é mobilizar, primeiramente, os gestores públicos e as universidades para a importância de restauração das matas ciliares e manutenção da qualidade das águas. A partir destas primeiras propostas, pretendemos chamar a atenção de toda a sociedade para esta questão”, ressalta Luís Barbosa. Ele considera o poder de mobilização social como um dos principais aspectos a constarem nas propostas enviadas ao INGÁ.

Prioritariamente, serão contemplados um projeto em cada uma das seguintes Regiões de Planejamento:

- Rios Peruípe, Itanhém e Jucuruçu
- Rios dos Frades, Buranhém e Santo Antônio
- Rio Jequitinhonha
- Rio Pardo
- Leste
- Rio das Contas
- Recôncavo Sul
- Rio Paraguaçu
- Recôncavo Norte
- Rio Itapicuru
- Rio Vaza-Barris
- Rios Macururé e Curaçá
- Rio Salitre
- Rios Verde e Jacaré
- Lago de Sobradinho
- Rios Paramirim e Santo Onofre
- Riachos da Serra Dourada e Brejo Velho
- Rio Carnaíba de Dentro
- Rio Grande
- Rio Corrente
- Rio Carinhanha

Repasse de recursos

Serão selecionados 21 (vinte e um) projetos, para repasse de recursos de até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) cada, ou de acordo com o alcance de suas propostas.

A Chamada Pública integra as ações do Grupo de Trabalho – do qual o INGÁ faz parte – do Programa Estadual de Restauração e Conservação de Matas Ciliares e Nascentes, que contempla a recuperação ambiental de nascentes e matas ciliares em todas as bacias do Estado da Bahia.

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Fonte: AGECOM-BA

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