A angústia de uma mãe para ser atendida nos PSFs de Irecê

Falta de critérios e dignidade no atendimento

A mãe Deuraci Vieira dos Santos, 27, foi hoje à Unidade de Saúde da Família do bairro Paulo Freire para a sessão de vacina da sua filha Lua Clara de sete meses, para prevenir Meningite e Pneumonia. Novamente ela não foi atendida.

A servidora do referido “PSF” (Posto de Saúde da Família) disse que a funcionária responsável pela vacinação havia fraturado o pé e que só iria trabalhar no final do mês. Pelo visto, durante este período, não haverá o serviço.

Deuraci foi orientada a procurar o PSF da Fundação Bradesco. Lá chegando, a funcionária responsável pelos serviço de vacinação, disse que não estaria realizando aquele tipo de vacina, porque a cliente não era assistida por aquela unidade de saúde. Que se fosse outro tipo de vacina, poderia ser feita.

Da Fundação Bradesco, a mãe de Lua Clara se destinou ao Centro I, onde foi informada que a vacina especificada só poderá ser feita na segunda-feira, dia 17. Buscando a todo custo realizar a vacina da sua filha hoje, Deuraci telefonou para o PSF do Novo Horizonte, mas disseram que não havia médico para atender.

“Estou contrariada por dois motivos. Primeiro porque são três doses a serem feitas no primeiro ano de vida, se não terá que ser dose única, o que não é aconselhável. Ela já não recebeu a rotavírus, pois o lote estava vencido e na data marcada para o retorno, a vacina não havia chegado, segundo a funcionária do serviço de saúde. Segundo, porque uma prima do meu esposo, que é assistida pelo PSF do Felix, foi atendida no mesmo procedimento que solicitei (Meningite e Pneumocócica). Isto é, não há critério para atendimento e a gente fica sem saber o que fazer”.

SEGUNDA VEZ – Esta é a segunda vez que Deuraci enfrenta o mesmo problema. Na semana que antecedeu a abertura da Copa do Mundo, no ano passado, ela procurou o PSF do bairro Paulo Freire para o exame do pezinho, mas a encaminharam para o Centro I. Lá, fizeram-na esperar por duas horas, para depois dizer que não podia fazer naquele dia e marcaram para a terça-feira seguinte, dia 11, às 9h. Em seu retorno Deuraci foi orientada a esperar, o que fez por 30 minutos, quando foi informada da impossibilidade de atendimento naquele dia por falta de material, sendo orientada a procurar o Centro II. Nova desilusão. A funcionária disse que não tinha como fazer naquele dia.

Indignado, o seu esposo, João Gonçalves, Secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Irecê, telefonou para a coordenadora dos PSFs, que, cinco minutos depois, o orientou a procurar a Fundação Badesco. Na recepção desta unidade, os pais de Lua Clara foram informados de que o teste do pezinho se faz sempre às 16h e que naquele dia não iria ter o serviço, por conta do primeiro jogo da Seleção Brasileira. Depois de alguns contatos, o teste foi providenciado.

Depois de todo um dia de busca, nesta sexta-feira, 14 de janeiro, a mãe não conseguiu vacinar a sua filha. Vai tentar segunda-feira.

Fonte: Jornal Cultura e Realidade de Irece Bahia.

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