MORRO DO CHAPÉU: Colégio Nossa Senhora das Graças. 50 anos de história e bons ensinamentos!

No domingo dia 13 a partir do meio dia estiveram presentes no C.N.S.G, alunos, ex alunos, professores, ex professores, sociedade em geral, enfim, uma boa parte de pessoas que amam o Colégio Nossa Senhora da Graça e que se orgulham de fazer parte dessa história. Trazemos aqui na íntegra um texto que foi redigido pelo ex aluno Getúlio Pinheiro, aluno da 1ª Turma do colégio ano de 1961. Diz ele no texto:

Queridos conterrâneos, “Nesta Casa de afeto e carinho aprendemos amar a instrução. Quem se educa prepara o caminho, do progresso, do bem, da razão. Sob o olhar da Senhora da Graça preparemos o nosso futuro. Implorando que Ela nos faça, caprichosos, tementes e puros”.

Este refrão do Hino do Ginásio encerra tudo o que representou, representa e representará este Educandário na vida de todos os alunos que tiveram, têm e terão o privilégio de aqui estudar.

Caros colegas de outrora e de hoje, 50 anos se passaram, mas tudo está presente como se fossem ontem.

Vale aqui rememorar episódios que marcaram as primeiras jornadas deste Colégio. Como não lembrar a sisudez do saudoso Padre Juca com o seu Latim, cuja a sabatina das 5 declinações era uma tortura para todos nós, a despeito do seu valor para aprimorar o nosso idioma. Como esquecer as aulas do competente Professor Manoel Pedro, cuja interação mestre-aluno permitia que ele, em resposta às brincadeiras da turma, dizia:” Acho-te uma Graça.” Como não recordar das sadias aulas de Português, da inesquecível Professora Judith Arlego, com esmero na análise sintática, redação e concordância verbal e nominal. Sua fonte de inspiração era sempre a Professora Afrísia Santiago, sua mestra em Salvador.

Vale recordar das mãnhas geladas e quase sempre chuvosas de nossa cidade, quando íamos para a prática da Educação Física, do Po-só à rua da Corrente sob a batuta do austero, mas amigo, Professor Jota, também de saudosa memória, encerrando a atividade com uma partida de Rúgbi, quase sempre terminada em confusão.

Como não citar a atuação do nosso Grêmio Estudantil que teve o querido e saudoso colega e irmão Antônio Pinheiro seu primeiro presidente. O Grêmio era uma tribuna livre para as manifestações da classe estudantil da época. Ali, o sempre lembrado, Mauro Heleno e este colega que vos fala, além de outros colaboradores, contribuíam para o sadio debate das idéias, com suas crônicas e artigos que enriqueceram os conhecimentos de todos nós estudantes.

Como deixar de proclamar a nossa gloriosa Fanfarra nos garbosos desfiles de sete de setembro, que prendia a atenção e atraía a presença de pessoas de todas as cidades da circunvizinhança de Morro do Chapéu, tendo como seu maestro o saudoso e competente Ulisses Valois, mais conhecido por Tota.

Fiquemos nestas reminiscências, pois sem nenhum demérito para todos os nossos professores de então, Pe. Juca, Manoel Pedro e Judith Arlego compuseram o tripé de sustentação dos primeiros passos do nosso querido Ginásio.

Tenho dito aqui e reafirmo que M. do Chapéu e região viveram 02 momentos distintos. Antes e depois do Ginásio Nossa Senhora da Graça. Seu advento em nosso meio foi um divisor de águas no campo educacional, cuja criação teve firme participação do conterrâneo Lourival Guimarães Cunegundes, além de outros ilustres cidadãos morrenses.

Antes, estudar o segundo grau era privilégio de poucos, pois tinham que se deslocar para Jacobina, Feira de Santana ou Salvador e as condições financeiras nem sempre permitiam. Com o Ginásio, M. do chapéu atraiu a juventude de nossa região, tornando-se um pólo educativo de qualidade, cuja missão era formar jovens para um futuro promissor.

Se fizermos uma estatística, comprovaremos sem nenhuma dúvida que existem hoje profissionais bem sucedidos nas mais variadas carreiras no mercado de trabalho, que passaram pelo crivo educacional do Colégio N.S. da Graça. Não comportaria citá-los, obviamente, pela extensão da lista e porque é do conhecimento de todos. Todavia, cabe sim citação daqueles que prematuramente, nos deixaram e hoje encontram-se em outra dimensão de vida. São eles: Arnaldo Oliveira, Antônio Pinheiro, Édila Novais, Valdélio, Tota, Valnier, Reinaldo, Jurinha, Francisco Hanilton, Rui Alves, Vana Guiomar, Tânia Matos e agora Marcos Bagano e algum outro colega que a minha lembrança não alcançou. Perdão se é fato verdadeiro.

Não podemos nos esquecer de outros mestres da época que também contribuíram para a nossa formação e não se encontram mais em nosso meio. Odilon Gomes, Crescêncio, Bebete, Wilson Dourado, além dos já citados, incluindo aí a servidora Anédia, sempre lembrada por todos.

Por fim, quero afirmar que aqui estamos, uns com presença física, outros espiritualmente, não como uma obrigação, mas para render um pleito de gratidão pelo que este Educandário representou na vida de todos nós.

50 anos de existência. 50 anos de devoção à uma causa. 50 anos dedicados a uma nobre missão: Transmitir Conhecimento.

Que Deus, em sua infinita Glória, permita outros Cinquentenários a você Colégio, sob o manto protetor da Senhora da Graça. PARABÉNS A TODOS. Fonte:  Escrito por Glauber Gomes  para o site http://www.morronoticias.com/

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1 Comentários

  1. GOSTARIA DE CONHECER TODA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MORRENSE(DE LÁ PARA CÁ).ESTOU CONSTRUINDO MINHA MONOGRAFIA ONDE O TEMA É LEITURA.PRECISO DESSAS INFORMAÇÕES AINDA HOJE.
    UM GRANDE ABRAÇO.
    CRISTIANE GONÇALVES

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