Com o intuito de dinamizar o serviço do módulo policial nos bairros, além de criar uma cerca invisível de contenção da violência, a ronda eletrônica monitorada conta com sete pontos estratégicos de vigilância. Locais como o Bairro Novo, a Avenida Luis Eduardo Magalhães, a Gleba B, Centro Comercial, Praça Monte Negro, Praça Abrantes e Lama Preta, dentre outros, estão no perímetro das rondas permanentes. As rondas acontecem com policias a pé, de moto ou a bordo de viaturas em pontos definidos previamente. Durante o percurso, o policial vai monitorando as ruas do roteiro e caso haja alguma anomalia, intervém, aciona a central ou registra em seu relatório diário.
Para fornecer mais informações sobre o novo sistema que dinamiza a vigilância policial em Camaçari, a reportagem do Camaçari Fatos e Fotos (CFF) entrou em contato com o responsável pela implantação do método pioneiro na cidade, o comandante do 12º Batalhão da Policia Militar, coronel Ivanildo Castro. Ele conta que uma das situações que a ronda eletrônica corrige é a falta de mobilidade dos policiais de bairro, pois antes o serviço ficava restrito apenas ao entorno dos módulos. O roteiro de cada perímetro contemplado varia de 1h20 a 1h40, dependo das variáveis.
Na ronda eletrônica, o policial, além do equipamento padrão, também recebe um bastão eletrônico e uma cartela de eventos programados. Em algumas bases, geralmente escolas e pontos comerciais, foi instalado um chip. Quando o policial passa pelos pontos, encosta o bastão e imediatamente é registrado o horário e o local onde cada policial está, além de afastar a possibilidade de ele sair da área que foi escalado. No entanto, segundo o comandante, algumas orientações são dadas a esses agentes, a exemplo da velocidade moderada durante o percurso, observando as ruas que fazem parte de cada perímetro, bem como pontos comerciais e situações suspeitas.
É efetuado também o registro de situações de perigo como luz queimada, terreno baldio ou matagal. Sobre algumas críticas referentes às bases escolhidas para receber os chips, Castro é enfático: “A gente não está nas residências porque passa a ser incômodo bater nas portas e na rua. Em pontos vulneráveis alguém pode destruir”, explica. E completa, informado que há o registro de um grande índice de roubo a clientes dos pontos comerciais, sendo que o fluxo permanente de policiais inibiria a prática.
Baseado nisso, o comandante revela que está enviando um ofício para o comando geral da Polícia Militar (PM), visando ampliar a cobertura das rondas eletrônicas à noite, com chips em restaurantes e pizzarias, criando assim o oitavo ponto de cobertura do novo método. De acordo com Castro, o rendimento do projeto implantado em Camaçari chegou ao conhecimento do governador Jaques Wagner e está, inclusive, passando por avaliação, visando a implantação em Salvador e toda região metropolitana.
A avaliação de Castro sobre a ronda eletrônica é positiva. Referente a alguns comentários, inclusive enviados para o mural de recados do site, sobre politização ou comercialização do novo método de ronda, o comandante é incisivo: “Eu não vim aqui fazer política; eu não vim aqui agradar empresários; eu sou Polícia Militar; meu partido é Policia Militar; meu compromisso é com a Polícia Militar”, desabafa.
Fonte: www.camacarifatosefotos.com.br
1 Comentários
Boa iniciativa, pena que estão utilizando um equipamento defasado tecnologicamente em relação a algumas outras opções do mercado.
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